Wants to Meet Up
- 0% response rate
- Last login 2 months ago
Join Couchsurfing to see Rodolfo’s full profile.
Overview
About Me
Olá! Um dos meus sons favoritos é o do verter da água quente. Esse barulhinho espumante me traz de volta à Copán, território mesoamericano que me ensinou sobre hospitalidade relacional e ter afinidade aos jeitos incomensuraveis de morar e con-viver.
Não me vejo como ‘viajante’, sou alma nômade em contínuo re-tecer de pertencimento.
Durante trinta e quatro anos me submergi em muitas culturas globalmente, incluindo através de trocas Couchsurfing. Há quase três anos me tornei local em RS por (auto)cuidado e por busca: raízes e rotas.
Estou em rito de reterritorialização: uma pessoa neuroqueer, interculturalista, refugiada e andarilha de portais.
Ser neuroqueer me dá outras formas de perceber tempo, espaço e identidade. Como interculturalista há 18 anos, apoio pessoas e organizações em trânsito, desenvolvendo escuta fina, leitura de múltiplas procedências, adaptação de ritmos e mediação cultural. A vivência como pessoa refugiada no Brasil aprofunda meu senso de interseccionalidade, onde a criatividade com recursos à mão virou memória muscular. Ser andarilha de portais significa reconhecer os limiares como lugares sagrados de passagem e transdução. Vivo em constante travessia, onde cada portal é uma chance de morrer um pouco para o que já não serve, e renascer em relação com o mistério.
Essas quatro forças em mim (percepção expandida, escuta entre culturas, exílio como medicina e a arte de habitar o entre) sinto que servem a experiências de transição cultural.
Minha missão nomâdica e guiar o processo de refúgio como liberdade de movimento curativa, consciente e construtora de mundos.
Why I’m on Couchsurfing
Atualmente (2025) estou surfando sofás como parte de uma estratégia de sobrevivência nômade que se transformou em prática profissional.
Comecei a utilizar modelos de ‘moradia + alimentação pelo trabalho’ (‘work-for-housing’) como forma de me sustentar, que transduzi em residências vivas dentro da minha atuação como interculturalista; reimaginando a hospitalidade por meio da mutualidade, do cuidado e do escambo não hierárquico de saberes e presenças.
Entre essas residências (atualmente focadas em iniciativas agroecológicas no interior do Brasil, onde realizo trabalho de infraestutura ontoepistêmica situada), o Couchsurfing se torna um espaço-ponte: uma pausa temporária, um sítio de relação, um encontro com pessoas que afirmam transições.
Vejo cada estadia via Couchsurfing como parte de uma residência contínua de si: uma que me nutre ao mesmo tempo em que me permite seguir contribuindo para o ecossistema vivo de cada anfitrã e lugar.
Interests
🏠 Tenho experiência com cuidar de casas e pets, e enxergo isso como uma forma de cuidar de um microcosmo vivo. Sou atenta aos ritmos (dos animais, das plantas e dos ecossistemas domésticos) e vejo isso como parte da relacionalidade mais ampla entre anfitriar e ser anfitriada.
🧘♀️ Pratico yoga como uma forma de sentir por dentro (interocepção) e me localizar no espaço (propriocepção). Isso me ajuda a reconhecer a diversidade de formas de perceber e existir; e que mesmo quando essas formas são incomparáveis, ainda podem ressoar juntas em diálogo.
🌈 Como pessoa neuroqueer, busco formas de construir hospitalidades do cotidiano que afirmem a transicionalidade e cultivem imaginações compartilhadas.
🍃 Sou 420 friendly e me relaciono com a planta como uma companheira: catalisadora de reflexão, calma e sintonia, quando circunspectamente.
🚶 Gosto muito de caminhar, meu corpo está feito para longas ou curtas trilhas e maneiras de se deslocar.
🌱 Eu me sintonizo com lugares e pessoas por meio de pequenos rituais sensoriais; como fazer mapas mentais artesanais ou anotar sentipensares em qualquer superfície próxima (ate guardanapos!). Esses gestos me ajudam a processar informações, sentir a ecologia do lugar, e perceber como tempo, cuidado e presença fluem na vida cotidiana.
- yoga
- walking
- queer
- maps
- house sitting
- petsitting
- 420 friendly
Music, Movies, and Books
🎶 Experimento a música como um mapa vibracional entre culturas. Meu gosto é pancultural: vai de cantos ancestrais a paisagens sonoras experimentais, de ritmos afro-latinos a texturas eletrônicas ambientais. Me afino com o que um lugar pede (ou lembra) através do som.
🎬 Vejo o cinema como magia portal e o assisto com lentes de ‘filmes’. Prefiro co-sentir um filme com outras pessoas. Me atraem filmes que dobram o tempo ou a realidade: ficções especulativas, documentários poéticos e narrativas enraizadas em cosmovisões diversas.
📚 Leio em espirais, não em linhas retas; frequentemente entrelaçando ou alternando entre livros. Meus gêneros preferidos incluem realismo mágico, ficção científica, 'poÉtica' (‘poethics’) e jornalismo etnográfico. Livros (e a escrita à mão) são companhias no meu processo de migrar sentidos.
One Amazing Thing I’ve Done
Certa vez, compartilhei uma conversa calorosa com Dedé Mirabal, irmã das heroínas Mirabal da República Dominicana; uma guardiã de sabedorias forjadas no trauma. Ela disse: “...o único paliativo real para uma dor imensa é o tempo…”. Carrego comigo essa sabedoria sentida em sua conflituosa lucidez, e tento transverbalizar seu miolo como sementes ancestral-futuristas: palavras que não apenas lembram o passado, mas também germinam cura para os futuros que co-criamos.
Teach, Learn, Share
Posso compartilhar caminhos de estar-com e estar-através das diferenças. Isso inclui reimaginar a hospitalidade como experiência de escuta relacional.
Para mim cada estadia é parte de um ciclo: de aproximação, coabitação e despedida com cuidado. Acredito que hospitalidade é relação e não me adapto no sentido tradicional, me afino. Com o diálogo com a pessoa anfitriã, com os ritmos da casa, com os gestos que revelam cuidado, com os silêncios que também dizem. Cada acolhida vira um ciclo de presença.
Aprendo por gestos e rituais cotidianos. Me interessa muito os microterritórios do Brasil, práticas alimentares emergentes, tecnologias ancestrais e maneiras de morar e trabalhar na humanidade.
Comparto presença. Com curiosidade. Com cuidado. Às vezes isso vira conversa, outras vezes é a apreciação mútua do silêncio; esse limiar que também é natural.
What I Can Share with Hosts
Carrego só um objeto de vidro: uma prensa de café. Me facilita minha bebida preferida e simboliza minha partilha.
Tenho carinho por conversas em translinguagem. Com fluência em espanhol e inglês, português com sotaque hispanofalante e cheio de elementos do Portuñol, além de um francês conversador e uma constelação de termos afro-indígenas, me comunico transverbalmente; especialmente quando há café ou chimarrão por perto!
Minha presença como pessoa neuroqueer, interculturalista, refugiada e andarilha de portais pode oferecer algo tangível a moradias hôspedes de nomadismos: uma ativação transcultural da casa. É um método artesanal que distribui responsabilidades simbólicas de forma leve, com cores e ícones, sem soar normativo, mas promovendo cuidado compartilhado e escuta cotidiana.
Countries I’ve Visited
Argentina, Austria, Brazil, Colombia, Costa Rica, Dominican Republic, El Salvador, Estonia, Finland, France, Germany, Guatemala, Honduras, Indonesia, Ireland, Italy, Lithuania, Mexico, Morocco, Mozambique, Netherlands, Nicaragua, Panama, Peru, Poland, Slovakia, Spain, United Kingdom, United States, Uruguay, Viet Nam
Countries I’ve Lived In
Brazil, El Salvador, France, Honduras, United Kingdom
Old School Badges
-
1 Vouch